O desenvolvimento de veículos autônomos é uma das grandes
tendências do mercado de tecnologia. O Google, por exemplo, criou um carro que
nem tem volante. Basta que o passageiro/copiloto sente no banco ao lado e
aproveite a viagem.
Esse tipo de tecnologia também está em desenvolvimento aqui
no Brasil. Em uma parceria com a montadora Scania, pesquisadores da Escola de
Engenharia de São Carlos e o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação
(ICMC) da Universidade de São Paulo criaram o protótipo de um caminhão
autônomo.
Foram dois anos de trabalho e R$ 1,2 milhão de investimento
no projeto. O objetivo deste é dar um auxílio ao motorista, dando a ele uma
opção mais segura de navegação.
Para que o protótipo fosse possível, a equipe, que consiste
em professores e alunos da graduação e pós-graduação da USP, alterou aspectos
de dois caminhões da Scania.
Como funciona o caminhão autônomo
Para a demonstração do protótipo no campus da Universidade
de São Paulo (USP), em São Carlos, no interior paulista, a equipe de pesquisa
criou um mapa das faixas de trânsito pelas quais o veículo iria passar. De
acordo com elas, o caminhão traçou a rota que iria seguir. “É como se fosse um
trilho virtual e o caminhão autônomo usa o GPS para seguir esse trilho”,
explica o professor Denis F. Wolf.
Dentro do caminhão há uma tela que mostra desenhos
tridimensionais do caminhão, da rota e de como ele pretende segui-la. Se o
veículo fosse usado comercialmente, ele poderia ficar no modo autônomo na
estrada, que possui o fluxo mais constante, e assim que entrasse na cidade,
avisasse o motorista para que ele assumisse o controle.
Assim como o GPS tradicional, o sistema do caminhão interage
com o motorista: uma interface de voz age quando um obstáculo é detectado e
quando o freio é acionado, por exemplo.
Foram instaladas duas câmeras em estéreo, para obter uma
estimativa da profundidade, radares que detectam a proximidade de obstáculos e
um sensor na barra de direção, que reconhece qualquer interação com o volante.
“O maior desafio do projeto é criar programas de computador
que consigam interpretar todas essas informações e transformar isso em
comandos. Decidir o quanto o volante tem que virar, quanta força tem que ser
aplicada no pedal de aceleração ou de freio…”, afirma o professor Denis F.
Wolf.
Fonte: Revista Galileu
© 2024. TRANSAC. Todos os Direitos Reservados. | Desenvolvido por: Cliecom Marketing Digital.